28 de julho de 2010

Bruce Lee, o grande mestre das artes marciais.



Há 36 anos atrás (em Novembro de 1973) morria Bruce Lee, o maior artista marcial de todos os tempos. A fama de Bruce Lee se deve não apenas a seus filmes de artes marciais, mas também a sua habilidade como lutador de Kung Fu e a sua criatividade ao desenvolver um novo sistema marcial diferente de todos os estilos tradicionais de luta.
Bruce Lee, cujo nome chinês era Lee Jun Fan era filho de pai chinês e mãe alemã, nasceu em 1940 e sua morte em 1973 permanece até hoje um mistério indecifrável. O pequeno Dragão (Li Siu Long), como era chamado, sempre esteve relacionado às artes cênicas, uma vez que seu pai era artista da renomada ópera chinesa, e o próprio Bruce desde cedo participou de inúmeros filmes dramáticos. Sua relação com as artes marciais se deu quando era ainda adolescente, então passou a freqüentar escolas de kung fu e a se envolver em brigas de rua, mas só encontrou o que queria quando começou a praticar kung fu Ving Tchun com o mestre Yip Man. Foi através deste sistema marcial (considerado o mais simples, direto e eficiente dos estilos de kung fu), que Bruce Lee deu início a sua pretensão de se tornar protagonista de filmes de arte marcial.
Foi então que ele resolveu viajar para os Estados Unidos, onde começou a trabalhar em um restaurante chinês e a dar aulas de kung fu para alguns amigos, entre eles James Lee. Bruce estudou Filosofia na universidade de São Francisco, tendo defendido monografia sobre o pensamento dialético do filósofo alemão Hegel (1770-1831). Nesta época começou a fazer testes para a carreira de ator marcial e infelizmente não conseguiu o tão desejado papel de protagonista no seriado Kung Fu, o qual acabou sendo feito com David Carradine. Pouco tempo depois Bruce chegou a fazer relativo sucesso com a serie O Besouro Verde, no papel do ajudante Kato. Foi então que ele resolveu ir para Hong Kong e tentar uma carreira local, nesta empreitada ele conseguiu um papel como ator principal no filme O Dragão Chinês (The Big Boss), que o tornou conhecido e elevou-o a categoria de estrela de filmes de kung fu. Daí em diante vieram outros sucessos, como A Fúria do Dragão (The Chinese Connection), o Vôo do Dragão (The Way of the Dragon), com a participação de Chuck Norris, tendo Bruce Lee como diretor, mas seu verdadeiro sucesso veio com o filme clássico das artes marciais de todos os tempos, Operação Dragão (Enter the Dragon), com o tão sonhado patrocínio de Hollywood, além de um elenco de estrelas do cinema. Após este sucesso mundial de bilheteria, Bruce começou a dar andamento a outros projetos, entre eles a Flauta Mágica, o qual acabou se tornando o Jogo da Morte, devido à morte repentina do ator sem ter finalizado sua obra.
Sua morte trágica, em 1973, ainda hoje é um enigma, ainda mais porque alguns anos depois houve a morte também prematura de seu filho Brandon Lee, nas gravações do filme O Corvo. Entre as especulações sobre a morte de Bruce está aquela que relaciona sua morte com a máfia chinesa, pois segundo alguns ele estaria ensinando o kung fu para estrangeiros, o que muitos chineses na época consideravam verdadeiro sacrilégio, já que a China foi explorada durante muito tempo pelos ingleses e outros povos europeus, o que gerou insatisfação e xenofobia em relação aos estrangeiros (um dos fatos conhecidos do século XIX foi a guerra do ópio e a revolta dos boxers). Também se fala que durante as filmagens do filme Flauta Mágica, Bruce Lee tomou um comprimido de Equagesic, o qual causou um edema cerebral levando-o a morte, já que ele era alérgico a sua fórmula.   
Especulações a parte devemos lembrar que Bruce Lee inovou não apenas na linguagem e ação dos filmes de artes marciais, mas também foi o criador do Jeet Kune Do, um sistema marcial completo que sintetiza a contribuição das diversas artes marciais num todo dialético. Bruce escreveu dois livros essenciais a todo artista marcial, o primeiro Kung Fu Chinês (The chinese Gung Fu) e Tao do Jeet Kune Do (The Tao of Jeet Kune Do). Vale ressaltar que nenhum destes artistas de kung fu do cinema atual, tais como Jackie Chan e Jet Li, são comparáveis a Bruce Lee, muito embora sejam bons atores e até lutadores, mas não têm a consistência ideológica e filosófica do mestre.
Ele foi o Artista Marcial por excelência, porque usou suas habilidades e soube recriar o kung fu que estava até então estagnado em sua tradição milenar e transplantou-o para o cinema levando consigo toda sua carga filosófica que estava obscurecida pelas cenas de violência. Sua herança filosófica, marcial e cinematográfica permanece até hoje. Por essas razões, o pequeno Dragão será lembrado para todo sempre como o maior artista marcial de todos os tempos.   

3 comentários:

  1. Adorei o texto, nunca imaginaria que Bruce Lee tivesse estudado Hegel...

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  2. Até onde sei a monografia foi sobre a dialética

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  3. maneiro eu estou no karater espero ser igual a ele.hoje eu to na faixa preta vou para o primeiro daw.

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