30
anos da viagem astral de Raul Santos Seixas (21 de Agosto de 1989). O Raulzito
foi um fenômeno da cultura pop brasileira, um misto de cantor e compositor
popular, mas acima de tudo um pensador e crítico de nossa cultura, capaz de
criar uma reviravolta no padrão estabelecido pela MPB até então.
Raul
Seixas (1945-1989) foi um espirito inquieto, estudioso de Filosofia e Esoterismo,
amante do Rock n’ Roll americano e das nossas raízes culturais nordestinas,
compositor inventivo e irreverente, cujo sarcasmo e bom humor tornaram-no uma
figura ímpar na cena rockeira do final do século XX. Antes de se tornar um
artista de projeção nacional, Raul havia trabalhado como produtor musical da
CBS, sendo responsável por diversos sucessos no período da jovem guarda (cerca
de 22 canções). As décadas de 70 e 80 foram o auge de sua carreira, alcançando
um lugar único no rol da fama e das paradas musicais, emplacando sucessos como
“Let me sing, Let me sing” (1972), “Metamorfose Ambulante” e “Outo de Tolo”(1973),
“Gitã” (1974) e “Maluco Beleza”(1977). Vale lembrar que em seus 26 anos de
carreira (1963-1989), ele compôs 17 álbuns que contemplam diversos estilos musicais
que vão desde a música Brega, Bolero, Baião, Rock clássico, Blues e até Tango!
30
anos depois, fica o questionamento: Qual o legado do Raulzito para a cultura
popular brasileira? Podemos dizer que, para além da produção musical, dos
álbuns premiados e das releituras por parte de diversos artistas dos mais
variados gêneros, o que mais devemos destacar nestes últimos anos após sua
ausência física é a produção cultural que revisita sua obra e encontra nesta
uma fonte inesgotável de inspiração para reflexões em diversos campos do saber.
Hoje, o Raulzito é objeto de pesquisas em História, na Sociologia, na
Literatura e na Filosofia, que resultaram em dezenas de dissertações de
Mestrado e teses de Doutorado, além de biografias, publicações em Prosa e
Poesia, em Literatura de Cordel, na produção audiovisual (documentários) e até
nos Quadrinhos.
Raul
Seixas é um patrimônio nacional de profunda relevância cultural que sempre se
renova, trazendo novas contribuições para pensar nossa identidade que tem a
marca da diversidade e da pluralidade. Viva Rauzlito!
Nenhum comentário:
Postar um comentário